Inicio
esse artigo afirmando que as Artes Marciais sem sombra de dúvidas geram benefícios
imensos para os seus praticantes. Aqui me deterei nos benefícios físicos e
técnicos (habilidades) que ela proporciona para as crianças, pois, não importa
se ela é autista, indisciplinada, nervosa, desobediente, ou até mesmo
diagnosticada com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade),
sempre haverá uma solução. Podemos citar como benefícios pra elas: o
desenvolvimento da coordenação motora, dos reflexos, melhora do condicionamento
físico e a autoestima do aluno. Ainda poderá contribuir para o controle da
raiva e aquisição da paciência do praticante, por fim o fortalecimento do
sistema imunológico.
Mas
o que de fato são artes marciais? De
acordo com o site da Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná,
disponível em <www.educacaofisica.seed.pr.gov.br>, “artes marciais (marcial é relativo à militar) são
disciplinas físicas e mentais codificadas em
diferentes graus, que tem como objetivo um alto desenvolvimento de seus praticantes para que possam defender-se ou submeter o adversário mediante diversas técnicas. Existem diversos estilos, sistemas e escolas de artes marciais. O que diferencia as artes marciais da mera violência física (briga de rua) é a organização de suas técnicas em um sistema coerente de combate e desenvolvimento físico, mental e espiritual e a prática de exercícios físicos”. É importante frisar que as artes marciais necessitam de muita responsabilidade e persistência dos praticantes com o fim de jamais motivar a violência.
diferentes graus, que tem como objetivo um alto desenvolvimento de seus praticantes para que possam defender-se ou submeter o adversário mediante diversas técnicas. Existem diversos estilos, sistemas e escolas de artes marciais. O que diferencia as artes marciais da mera violência física (briga de rua) é a organização de suas técnicas em um sistema coerente de combate e desenvolvimento físico, mental e espiritual e a prática de exercícios físicos”. É importante frisar que as artes marciais necessitam de muita responsabilidade e persistência dos praticantes com o fim de jamais motivar a violência.
A
grande maioria dos pais colocam seus filhos numa academia de arte marcial por
que não tem mais controle sobre eles. Mas quando essas crianças indisciplinadas
adentram ao Dojo (local de treinamento) pela primeira vez, começam a perceberem
que ali existem regras. Diferentemente de algumas casas, ali o respeito, a humildade
e a disciplina nos treinos com seus pares são extremamente cobrados. Na verdade
essas condutas não deveriam ser aprendidas ali no tatame, mas sim no berço
familiar, e aplicadas pela prole na escola, no trabalho, na vida e por fim na
academia.
Quando
um professor de arte marcial conversa com pais de alunos que praticam lutas, percebe
que a maioria deles estão satisfeitos com o trabalho do sensei (professor).
Pois, à medida que a criança passa pelas fases de treinamento marcial, as
mudanças começam a acontecer. Mudanças como: boas notas na escola devido à
concentração e disciplina adquirida, respeito aos pais e professores, e sem
falar na saúde e na persistência de não desistir das coisas facilmente na vida.
Outro quesito importante na prática
das artes marciais é a socialização. Muitas crianças não sabem viver em grupo,
são muito individualistas, não tem espírito de equipe, e são totalmente
egoístas. Apesar das artes marciais serem atividades individuais, ela cria no
dojo (local de treinamento) um ambiente de equipe. Pois, muitos ali se matriculam
sem conhecer ninguém, mas com o passar dos anos, aquele local de treinamento
vai se tornando um ambiente familiar. O espírito de grupo é tamanho na academia
que quando eles vão competir em campeonatos à vibração é intensa quando alguém
consegue ou não resultados. Confirmando essa teoria, segundo Twemlow os
treinamentos em conjunto tanto com colegas quanto com os professores, faz com
que as crianças aprendam a se portarem mais controladamente na sociedade, culminando
na aquisição do altruísmo e espírito de equipe (TWEMLOW, BIGGS et al., 2008; MONAHAN,
2007).
Também
existem as crianças tímidas e aquelas com deficiências físicas que a cada
obstáculo vencido no treinamento começam a desenvolver a autoconfiança. É de
suma importância deixar claro que o sensei (instrutor) é uma das peças
fundamentais para o desenvolvimento psicomotor dessas crianças. Pois, ele deve saber
o momento exato para modificar ou adequar o treinamento de acordo com suas necessidades
especiais.
Portanto,
não basta os pais exigirem excelentes senseis e instrutores se eles não
acompanharem o processo de formação de seus filhos. É preciso que os genitores
deem suporte de fato ao dojo, como: ir com seus filhos para a academia, cumprir
os horários de chegada e saida, estar em dia com as mensalidades, manter a
higiene pessoal deles, adquirir equipamentos individuais de luta e ajudar na
educação moral e disciplinar deles, etc. Os pais jamais podem encarar os
professores marciais como babás, pois, eles não são. E nem terceiriza-los para
ficarem livres deles, pelo contrário, os pais devem ser os primeiros senseis
(instrutores) do dojo (academia).
Por:
Wander Venerio Cardoso de Freitas - (Graduando de Educação Física / Faixa Preta II Dan - Karate Shotokan / Faixa Azul de
Jiu Jitsu).
Referências:
TWEMLOW,Stuart
W.; BIGGS,Bridget K.; NELSON,Timothy D.; VERNBERG,Eric M.; FONAGY,Peter;
TWEMLOW, Stephen W. Effects of Participation in a Martial Arts– Based
Antibullying Program in Elementary Schools. Psychology in the Schools, Vol.
45(10), 2008.
Site:
Disponível
em http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=148.
Acesso em 01 de mai de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário